Recursos Humanos: quem tem na mesa uma identificação como membro desse setor sabe bem que atuar na área significa fazer o negócio acontecer de fato.
Afinal, trabalhar com RH é gerenciar o recurso mais importante de qualquer empreendimento: as pessoas.
A tarefa não é fácil.
Dentro de um grupo de colaboradores, você precisa lidar com culturas, percepções, conhecimentos, formas de atuação e comportamento interpessoal distribuídos em áreas distintas, mas em busca das mesmas metas: sucesso da empresa e reconhecimento profissional.
Com tanta responsabilidade e complexidade nas mãos, como atuar de forma inteligente, efetiva e integradora?
No artigo de hoje, elaboramos uma lista com 7 atitudes que serão essenciais para que o setor de RH da companhia seja cada vez melhor. Acompanhe!
1. Entenda os seus públicos
Pode parecer meio óbvio, mas é importante que o profissional de RH tenha sempre em mente que lida com indivíduos.
Eles serão naturalmente diferentes, imprevisíveis, cheios de necessidades e ações distintas.
Insistimos nisso por uma questão bem simples: não há manual de instruções ou técnica gerencial que se aplique a todas as organizações e, mais ainda, a todos os grupos de público interno que as compõem.
Portanto, é essencial que qualquer estratégia de gestão parta de um projeto. E que ele seja fundamentado em um diagnóstico preciso do capital humano da empresa.
Também é importante apostar na multiplicidade, na personalização.
Cada setor tem uma demanda, um objetivo imediato, uma forma de atuação.
Exatamente por isso é preciso bolar soluções específicas que congreguem, motivem e auxiliem os colaboradores.
2. Crie canais de efetivos de interação
Já dizia John Donne: “Nenhum homem é uma ilha”. Em uma empresa, então, essa máxima é ainda mais pertinente, pois nenhum profissional ou trabalho é dissociado dos demais.
Na maior parte das vezes, um senso de equipe e um diálogo constante para monitoração do andamento de outras parcelas de um projeto é atitude vital para maior fluidez de processos e produtividade.
E, nesses casos, cabe ao setor de RH estabelecer pontes para evitar qualquer tipo de isolamento.
Ações nesse sentido começam com o objetivo de garantir que todos os produtos, serviços, projetos, meios de atuação e objetivos sejam conhecidos por todos os colaboradores.
Eles precisam sentir que realmente são parte de algo maior e que fazem a diferença todos os dias.
Para isso, precisam contar com meios de comunicação constantemente alimentados por informações imprescindíveis de forma clara, sincera e objetiva.
É uma forma de aproximação e conexão entre todas as engrenagens que fazem a máquina organizacional funcionar.
Mas não aposte em vias de mão única. Lembre-se de que a palavra-chave aqui é: interação.
3. Ouça seus colaboradores no setor de RH da empresa
Se o seu projeto de comunicação se baseia em estruturas verticais, com orientações e ordens distribuídas “de cima para baixo”, prepare-se para ver toda a estrutura de informações ruir por falta de uso.
O RH não é um reprodutor de mensagens da administração — trata-se, antes de tudo, de um canal de trocas em uma construção horizontal.
Há a emissão de mensagens administrativas? Sim, mas elas não se encerram.
Na verdade, elas abrem brechas para feedbacks e fomentam a liberdade para que os colaboradores se manifestem de forma proativa sempre que acharem necessário, seja para tirar dúvidas, reivindicar melhorias, questionar decisões, sugerir ações.
Estimule os funcionários a pensarem de forma diferente e expressarem suas ideias.
Discuta estratégias com eles antes de implementá-las.
Consulte-os para engajá-los e encontre uma fonte inesgotável de possibilidades que podem transformar a organização.
4. Reconheça talentos
Não basta ouvir uma ideia genial, anotá-la, colocar em prática e aguardar pelo sucesso inevitável.
É preciso reconhecer e recompensar os colaboradores com sugestões genuínas e inovadoras; estimular lideranças para descentralizar e dinamizar as discussões em tomadas de decisões; ter feeling para perceber que cabeças pensantes podem se desenvolver e fazer a diferença na empresa.
Essa percepção deve ser a chave, também, para novas contratações.
Desenvolva dinâmicas inteligentes e minuciosas para os processos de recrutamento, avaliando não apenas currículos, mas também perfis pessoais, comportamentos no trabalho em grupo, interesse no aperfeiçoamento pessoal, engajamento, empatia e firmeza.
Um bom gestor de RH entende que currículos, isoladamente, não dizem tanta coisa — detectar perfis de indivíduos que condizem com a proposta da companhia é, pelo menos, tão importante quanto uma lista de referências ou um currículo cheio.
5. Incentive e prepare as pessoas
Novos colaboradores são sempre bem-vindos, mas a alta rotatividade de funcionários — também conhecida como taxa de turnover — não é benéfica para as organizações que se sustentam em bases instáveis.
Afinal, elas podem perder grandes talentos e, assim, perde-se também em comprometimento.
Portanto, valorize o corpo colaborativo que já atua com você. Desenvolva programas de treinamento e aperfeiçoamento sempre.
Os funcionários ganham em motivação, aprendizado e melhor desempenho. E a empresa ganha com talentos estimulados a permanecerem e crescerem dentro da organização.
6. Saiba dar feedbacks construtivos
Um erro bastante recorrente em empresas dos mais variados ramos é a rigidez hierárquica e certa falta de tato por parte dos profissionais incumbidos de transmitir feedbacks para os colaboradores.
O que ocorre é uma falta de traquejo que acaba desestimulando ou mesmo aborrecendo o profissional que recebe críticas grosseiras.
Não que não seja importante elencar pontos deficitários no trabalho de um profissional — porém, em tais casos, é indispensável que o tom seja construtivo, nunca destrutivo.
Ao dar feedbacks para membros da sua equipe, estabeleça uma linguagem firme, mas, ao mesmo tempo, compreensiva e inspiradora.
Procure entender se há alguma coisa acontecendo com o colaborador que explique mudanças de postura, pergunte se há algo na companhia que o esteja incomodando e elenque, além das críticas, as qualidades que ele possui, deixando claro que a instituição não deixa de reconhecer e valorizar talentos.
7. Crie um bom clima organizacional
Além de conhecer bem suas equipes, criar canais efetivos de interação, ouvir críticas e sugestões, reconhecer talentos, ter uma boa estratégia de treinamento e dar feedbacks positivos, ainda faltam alguns outros detalhes para que o clima organizacional da sua empresa seja realmente satisfatório — e, consequentemente, para que o negócio seja ainda mais produtivo.
Veja quais são essas medidas:
Desencoraje a fofoca
No momento de treinamento, um ponto a ser ressaltado é a importância do não envolvimento em fofocas sobre colegas, deixando claro que, se esse tipo de prática não for combatida, muito provavelmente todos serão vítimas dela em algum momento.
Estimule o respeito à diversidade e o profissionalismo
Enfatize que, na empresa, atitudes discriminatórias e sem profissionalismo são inadmissíveis — seja por sexo, gênero, orientação sexual, etnia, procedência, entre outros.
Mostre que a pluralidade é sim bem recebida na corporação e deve ser respeitada por todos, invariavelmente.
E isso se estende ao assédio, que nunca deve ser tolerado ou submetido a “vistas grossas”.
Vale enfatizar também que, na comunicação entre funcionários da companhia, é preciso haver traquejo verbal e de postura, sendo intoleráveis elevações de tons de voz, utilização de palavreado chulo, invasão de privacidade, entre outros.
Com essas dicas você já tem um roteiro a seguir e transformar a empresa em que você trabalha. Aplique e veja os resultados acontecendo!