Nos últimos meses, empresas brasileiras foram obrigadas a fazer alterações em seus sites e aplicativos.
Essas alterações fazem parte da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que obriga a adequação por meio de avisos de políticas de privacidade de dados. A aplicação dessa, serve para dar segurança aos usuários que o acessam.
Mas afinal, o que é uma política de privacidade de dados?
Se refere a um documento que descreve todas as práticas de tratamento de dados pessoais adotadas pela empresa.
A política é uma ótima possibilidade de a organização demonstrar transparência ao usuário, comprovando a segurança dos dados por meio do tratamento correto e do esclarecimento sobre sua finalidade.
Na década em que se introduz a cultura da proteção de dados, é necessário que as empresas reconheçam que a política de privacidade está intimamente ligada à transparência e credibilidade com o público, o que torna indispensável o compartilhamento das informações de uso dos dados com o usuário quando solicitar a sua autorização.
A política de privacidade de dados é também uma ferramenta estratégica para prevenção de litígios (disputa judicial).
O documento bem escrito e detalhado oferece alternativas para o titular aceitar ou não suas condições, evitando discussões futuras.
Agora que você já conhece a importância da política de privacidade de dados, encontre abaixo 5 dicas para elaborá-la da melhor forma:
1. Linguagem simples
O documento é bastante importante para as empresas, especialmente durante a lei de dados, que já se encontra em vigor.
De início, sua maior preocupação deve estar em conseguir transmitir informações aos titulares com clareza, de forma simples.
Esqueça o famoso “juridiquês” dos antigos termos e contratos. As cláusulas devem ser escritas de forma acessível aos usuários que não conhecem as leis.
Essa técnica é crucial até mesmo para a captação do usuário como cliente, já que o mesmo pode perder o interesse caso não entenda a linguagem, optando então pela concorrência.
Como um exemplo de Case de Sucesso no quesito simplicidade e clareza na política de privacidade, está o banco digital Nubank.
A marca que já é reconhecida por abolir as famosas letras miúdas e a maior parte da burocracia de suas operações, segue a mesma linha de simplificação na aplicação da política de privacidade.
2. A política deve ser de fácil acesso
Não esconda esse documento, facilite para o usuário. Um exemplo é mantê-lo disponível em um local bem visível no seu site, para que não seja preciso perder muito tempo procurando.
Lembre-se que este documento não é uma burocracia, mas sim uma importante estratégia para evitar litígios (disputa judicial) envolvendo o tratamento de dados pessoais.
Não esqueça também que o fácil acesso é requisito essencial para utilização de ferramentas como o Google Ads.
3. Explique de forma objetiva como os dados serão utilizados
Ninguém gosta de ler documentos grandes demais.
Busque explicar de forma objetiva como será feito o tratamento dos dados coletados: se estas informações serão repassadas a terceiros para operar em seu nome e que tipo de informações você está coletando.
Demonstre leis que embasam a legalidade dos tratamentos que você realizará.
A prática apresentada de forma objetiva e clara transmite ao usuário a sensação de honestidade e transparência. Além disso, é requisito essencial previsto na Lei Geral de Proteção de Dados.
4. Atualize sua política de privacidade de dados
A elaboração da política de privacidade de dados não é uma situação isolada e única.
Já que as condições de privacidade podem sofrer alterações, o documento deve ser constantemente atualizado e disponibilizado em primeira mão, de forma que todos os usuários estejam devidamente informados das mudanças, quando essas vierem a acontecer.
Essa é uma técnica que oferece ainda mais transparência entre empresa e usuário.
5. Busque profissionais para auxiliar na elaboração do documento
O processo de criação e atualização da política de privacidade não necessariamente depende de um advogado.
Você pode buscar por profissionais que atuam na implementação de culturas de proteção de dados e de conformidade com a LGPD, como é o caso do DPO (Encarregado de Dados – Data Protection Officer).
O DPO é o profissional designado – na LGPD – para operar na ligação entre empresas, usuários e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Além disso, é o responsável pela constante busca de conformidade com a LGPD, que auxiliará na elaboração de uma política de privacidade de dados adequada ao negócio.
Espero que essas dicas tenham sido úteis para você se adequar à LGDP, que já está em vigor aqui no Brasil. Fique bem informado com a We4u.